ENTREVISTA COM ROSALIE SALAÜN

Rosalie Salaüm é membro da juventude do Partido Verde Frances Ecologie les Verts) e Chefe da Comissão Feminista, Ex-Representante Internacional e porta-voz dos Jovens Ecologistas Franceses.  

 

Entrevistadora: Zélia Bora

Entrevistada: Rosalie Salaüm

 

 

ZB.  Em seu artigo, Children who accuse us” rianças que nos acusam” (Green European Journal, novembro de 2019), você diz que “a dissonância cognitiva gera raiva e ansiedade gerando envolvimento dos jovens”. Você pode comentar essa afirmativa?

RS: Em primeiro lugar, essa suposição está especificamente relacionada aos jovens ativistas do clima na Europa.Não posso afirmar se o mesmo ocorre com outros ativistas. Para mim, o sentimento de raiva pode gerar intensas emoções e ansiedade. Esses sentimentos podem ser um “gatilho”e uma saída para o ativismo, como uma forma de exteriorizar essas emoções. As mudanças climáticas podem criar muita ansiedade sobre o futuro dos jovens que vivem hoje em dia.

ZB: Embora não seja novo, o ativismo político da juventude na história da Europa neste século começou com Greta Thunberg na Suécia (pelo que sei. Corrija-me se estiver errada). Essas ações já podem ser consideradas um moviento social? Você pode nos dizer a diferença entre esses movimentos tuais e seus predecessores? especialmente levando-se em consideração estudos sociológicos e definições sobre o que é um movimento social? Qual a importância da escola nesse processo?

RS: Sempre houve jovens ativistas em muitos movimentos políticos na Europa e também ativismo específico por jovens – muito poucos ainda sobre o clima (greves estudantis, por exemplo). O que chamo de movimento social não é apenas ativismo, mas reuniões, virtualmente ou na vida real, de centenas ou milhares (ou mais) de pessoas que lutam pela mesma causa. Greta Thunberg é uma desses representantes no movimento pelo clima liderado por jovens. Como ativista, nunca ouvi falar de um movimento social liderado por jovens pelo clima antes, então não conheço antecessores.Como escreviem meu artigo, esses jovens são sociologicamente muito semelhantes aos “Green Activists” verdes mais velhos. Em meu artigo, não especifiquei o papel das escolas no processo de ação desses ativistas, portanto não sei.

ZB. Como a nova geração de ativistas europeus entendem as políticas de consumo de combustível, exploração de recursos naturais em outros continentes, guerras (como uma forma de deslocamento ecológico) e o resultado maciço de problemas sociais que originam imigração em massa e deslocamento de populações? Na Europa, EUA e África do Sul, Nigéria e Brasil?

RS. Não conversei muito sobre esses assuntos com os ativistas que entrevistei, então acho que o melhor é verificar diretamente suas declarações, por exemplo, aquihttps://drive.google.com/file/d/1Nu8i3BoX7jrdZVeKPQShRycI8j6hvwC0/view. 

Muito obrigada .

 De Nada, Rosalie.

 

10 de dezembro de 2019.

 

Revisão do texto em português/ Review of the text in Portuguese: 

Evely Libanori   (Universidade Estadual do Paraná)

Zélia Monteiro Bora( Universidade Federal da Paraíba)

Equipe ASLE-Brasil para essa entrevista/ ASLE-Brasil team to this interview: 

Antonio Felipe B. Neto – Suporte Técnico/Technical support (Universidade Federal da Paraíba) 

 

 

 

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