Foram os animais que começaram a fazer-me humana:

A ética Animal em Mia Couto

  • Maria Carmo Cardoso Mendes
Palavras-chave: Ecocrítica. Mia Couto. Ética animal

Resumo

Este ensaio tem assim como propósitos centrais: 1. Identificar na obra de Mia Couto as mais relevantes simbologias do animal não humano; 2. Demonstrar que a estratégia antropomórfica utilizada recorrentemente pelo escritor procura dotar os animais não humanos de valores dos quais o ser humano se mostra carente; 3. Explicitar as potencialidades ecocríticas da obra de Mia Couto, uma das mais significativas, no contexto das literaturas africanas de língua portuguesa; 4. Mostrar que a ética animal póe em evidência o compromisso do escritor com o seu continente e com as relações deste com o resto do mundo.

 

Referências

COUTO, M. A varanda do Frangipani. Lisboa: Caminho, 1996.

¬¬¬¬¬__________. E se Obama fosse africano. Lisboa: Caminho, 2008.

__________. A confissão da Lea. Lisboa: Caminho, 2012.

__________. Raiz de orvalho e outros poemas. Lisboa: Caminho. 2014.

GHOSH, A. The great derangement: Climate change and the unthinkable. University of Chicago: University of Chicago Press, 2016.

HASKELL, D. G. As canções das árvore: Histórias sobres as grandes redes da natureza. Lisboa: Gradiva, 2021. [2017].]

ROTHWELL, P. Mia Couto: Aspetos de um pós-modernismo moçambicano. Coimbra: Almedina, 2015.

SLAYMAKER, W. Echoing the Other(s): The call of global green and black African responses. In: PMLA, 116, p. 129-144, 2001.
Publicado
2022-06-01