O SIGNO LINGUÍSTICO E A RESSONÂNCIA METONÍMICA DO SIGNIFICANTE FANTASMA NA MÚSICA THE PHANTOM OF THE OPERA
Resumo
Este artigo analisa, sob a perspectiva da linguística estrutural e da crítica literária, o funcionamento da metonímia no significante “fantasma” presente na canção-título The Phantom of the Opera, de Andrew Lloyd Webber. Partindo dos conceitos de signo linguístico formulados por Ferdinand de Saussure (2012) e das funções da linguagem propostas por Roman Jakobson (1988), especialmente a função poética, o estudo examina como a obra reinscreve elementos de um clássico literário em um código performático e multimídia, preservando e reatualizando sua densidade simbólica. A análise dialoga também com a concepção de leitura cerrada de Fabio Akcelrud Durão (2020), privilegiando trechos e elementos prenhes de sentido para evidenciar como a voz, a ausência e a presença se articulam na construção de um campo de significação que ultrapassa a literalidade e se projeta na experiência estética e psíquica do público. Por meio da interação entre teoria linguística, crítica literária e análise artística, busca-se demonstrar que a canção não apenas tematiza o fantasma, mas o instaura como operador simbólico, convertendo o signo em experiência sensível e reafirmando a centralidade da linguagem como prática estética e cultural.
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