MITO, AMOR E TEATRALIDADE EM SAUDADE DE INÊS DE CASTRO, DE LUCILA NOGUEIRA

  • André Cervinskis Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
  • Robson Teles
Palavras-chave: Teatralidade, regime diurno, estrutura sintética, leitor-espectador, Inês de Castro, Lucila Nogueira

Resumo

O artigo examina a coletânea Saudade de Inês de Castro (2005), organizada por Lucila Nogueira, sob o olhar da teatralidade como dispositivo poético. O mito de Inês — “mísera e mesquinha / que depois de ser morta foi rainha” — é encenado em seis vozes dramáticas que transformam o livro num teatro de papel. Cada poema funciona como ato cênico; cada verso, como plano-sequência. O leitor é convocado a contrarregra: respira com Inês, sente seu grito na própria garganta. Lucila reconcilia amor e morte, luz e abismo, num recital inesiano que ecoa Camões e faz o mito girar até nós.

Biografia do Autor

André Cervinskis, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem (PPGCL) da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Professor de Língua Portuguesa, é formado em Comunicação Social e Letras pela UFPE; mestre em Linguística pelo PROLING – UFPB. Estuda atualmente História EAD na UFRPE. É professor da Autarquia Educacional de Belo Jardim - Faculdade de Belo Jardim e tutor da Especialização em Gestão escolas EAD (UFPE). Produtor cultural, Ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, com destaque para o prêmio Antônio de Brito Alves (ensaios), da Academia Pernambucana de Letras. Possui 24 livros publicados, sendo 5 sobre Manuel Bandeira e 3 sobre Lucila Nogueira. Participa da União Brasileira de Escritores - Secção Pernambuco. É membro da Academia de Letras do Brasil - Secção Pernambuco, ocupando a cadeira n. 06.

Publicado
2025-12-05

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