MITO, AMOR E TEATRALIDADE EM SAUDADE DE INÊS DE CASTRO, DE LUCILA NOGUEIRA
Resumo
O artigo examina a coletânea Saudade de Inês de Castro (2005), organizada por Lucila Nogueira, sob o olhar da teatralidade como dispositivo poético. O mito de Inês — “mísera e mesquinha / que depois de ser morta foi rainha” — é encenado em seis vozes dramáticas que transformam o livro num teatro de papel. Cada poema funciona como ato cênico; cada verso, como plano-sequência. O leitor é convocado a contrarregra: respira com Inês, sente seu grito na própria garganta. Lucila reconcilia amor e morte, luz e abismo, num recital inesiano que ecoa Camões e faz o mito girar até nós.
Copyright (c) 2025 Revista Interdisciplinar de Literatura e Ecocrítica

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

